
(Foto: Globoesporte.com)
Nova parceira da WTorre para a gestão da Arena Palestra, a multinacional AEG já tem experiência no futebol brasileiro. De olho na Copa de 2014, a empresa tem parceria com a Odebrecht para a gestão da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, cidade próxima a Recife. A construtora do estádio pernambucano é a mesma que lidera as obras do novo estádio do Corinthians, rival histórico do Palmeiras. No evento de apresentação do acordo com a WTorre, a direção da AEG tratou de tranquilizar torcedores mais preocupados: a empresa não terá qualquer participação na arena corintiana em Itaquera.
WTorre e Palmeiras já sabiam da relação da AEG com a Odebrecht, e por isso o contrato assinado prevê exclusividade para a cidade de São Paulo – excluindo qualquer tipo de relação com o estádio de Itaquera e também com o Morumbi. Vice-presidente sênior da gigante de gestão de arenas, Charlie “Chuck” Steedman fez questão de afirmar que é 100% palmeirense desde o momento da assinatura do contrato, em 1º de outubro.
- Sei que o estádio do Corinthians será fantástico e que a Odebrecht fará um grande trabalho. Mas em São Paulo somos parceiros apenas do Palmeiras e da Nova Arena – esclareceu Steedman.
- A construtora Odebrecht é nossa parceira somente em Recife, nada mais – enfatizou.
Em São Paulo, a AEG não tem pretensões de participar ativamente da Copa do Mundo. A intenção é apenas tornar a Arena Palestra, com capacidade para 45 mil pessoas, referência no mercado de entretenimento. Com contrato válido por dez anos, renovável por mais 20, a multinacional prefere pensar a longo prazo.

- Participar da Copa seria uma honra, a Copa é fantástica. Mas dura apenas um mês. Eu estou preocupado com os próximos 30 anos – disse Charles Steedman.
Os exemplos mais utilizados pela empresa são o Staples Center, em Los Angeles, e a O2 Arena, em Londres. O ginásio americano é considerado o mais rentável entre todas as arenas administradas pela AEG – o local recebe jogos do Los Angeles Lakers, da NBA, além de partidas de hóquei e shows diversos.
- A empresa vai garantir um calendário cheio de atividades quando não tivermos jogos do Palmeiras. As datas livres serão todas preenchidas. Estaremos entre as cinco arenas mais rentáveis do mundo – avisou Rogério Dezembro, diretor de novos negócios da WTorre.
O evento não contou com dirigentes do Palmeiras, nem mesmo o presidente Arnaldo Tirone. Por meio de Rogério Dezembro, Tirone apenas mandou uma camisa do Palmeiras de presente para o vice-presidente da AEG. A ausência foi justificada por “problemas de agenda”.
Comente.